Cidadania Pensante

Desde que Jair Bolsonaro foi eleito em 2018, havia uma (vã) expectativa de que pudesse existir autocrítica por parte daqueles que optaram pelo nome do capitão para a Presidência da República. Cansado de escândalos financeiros envolvendo o mais alto escalão do poder, a resposta veio, mas a autocrítica ficou. De escândalos locais - ou regionais - e provas contundentes de desvio entre os seus a uma irracionalidade científica sem igual a um chefe de Estado, Bolsonaro vive em uma realidade paralela, que demite dois ministros da saúde e nomeia um plagiador para a educação. Pior: despreza a vacina, que chega com tempo recorde ao mundo.  O atual (des) governo é necrófilo, tem afinidade pela morte, afinal de contas, "todo mundo vai morrer um dia". O projeto de poder de Bolsonaro era apenas e tão somente fazer história ao sair do baixo clero para assumir o posto mais alto com uma narrativa anti-PT. Aliás, o PT tem bastante culpa no cartório por lhe faltar, advinha?, autocrítica.  Depoi

  A Medida Provisória publicada pelo Presidente da República em 24 de dezembro de 2019 teve seus efeitos sentidos por uma das principais Universidades de Engenharia do país e da América do Sul, a Unifei. Isso porque, graças à MP, o candidato à reitoria, Edson Bortoni, foi nomeado neste 10 de dezembro de 2020. O professor obteve - atenção - 3 votos pelo sistema adotado pela instituição e era o terceiro da lista tríplice enviada ao Ministério da Educação, juntamente com Marcel Parentoni e José Montevechi. A nomeação, óbvio, não traz a MP como justificativa, mas a manobra foi utilizada para, na prática, driblar o processo eleitoral e democrático que sempre marcou a eleição para a reitoria não apenas na Unifei, mas em todas as Universidades Federais do país.  A nota oficial da Universidade é sucinta e não dá mais detalhes sobre o pleito. Tão somente deseja sucesso ao novo nomeado em sua gestão.