A esquizofrenia dos seguidores irracionais
Desde que Jair Bolsonaro foi eleito em 2018, havia uma (vã) expectativa de que pudesse existir autocrítica por parte daqueles que optaram pelo nome do capitão para a Presidência da República. Cansado de escândalos financeiros envolvendo o mais alto escalão do poder, a resposta veio, mas a autocrítica ficou.
De escândalos locais - ou regionais - e provas contundentes de desvio entre os seus a uma irracionalidade científica sem igual a um chefe de Estado, Bolsonaro vive em uma realidade paralela, que demite dois ministros da saúde e nomeia um plagiador para a educação. Pior: despreza a vacina, que chega com tempo recorde ao mundo.
O atual (des) governo é necrófilo, tem afinidade pela morte, afinal de contas, "todo mundo vai morrer um dia". O projeto de poder de Bolsonaro era apenas e tão somente fazer história ao sair do baixo clero para assumir o posto mais alto com uma narrativa anti-PT. Aliás, o PT tem bastante culpa no cartório por lhe faltar, advinha?, autocrítica.
Depois de todo o cenário desconstruído em 2016, lançar um candidato era, no mínimo, como colocar um nariz de palhaço em cada brasileiro. Para a fantasia ficar completa, o candidato era o outrora presidente e agora réu Luiz Inácio.
De crítica em crítica, chegamos em uma situação crítica. Sem vacina prevista, assistindo aos americanos e europeus se protegerem do vírus de uma "gripezinha". Antes que os igualitários utópicos sociais venham com a possibilidade de países mais ricos pensarem nos mais pobres, cabe dizer que isso é gestão. A ingestão, ou indigestão, comandada por Bolsonaro jamais esteve à frente das negociações, mas se preocupou em atribuir ideologia ao vírus e a discutir tratamentos para os anais da história. Entenda como quiser.
Nessa narrativa negacionista, medieval e barata, vidas são ceifadas enquanto ele prega João 8:32 aos seguidores irracionais e esquizofrênicos geopoliticamente.
Comentários
Postar um comentário