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Mostrando postagens de junho, 2020

Cidadão Pensante: Marcelo Pimentel: "Quem politizou a pandemia foi o Bolsonaro, não foram os governadores."

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Ele é marqueteiro. Embora o termo ainda soe pejorativo no Brasil, fala com tranquilidade sobre as funções e diz que os que fazem esse papel facilitam a relação entre os políticos e a sociedade, e não devem se arriscar na gestão de políticas públicas de seus clientes. "Quem chuta a bola é o gestor, não o marqueteiro".  Marcelo Pimentel também é professor e cidadão pensante. Confira a entrevista Cidadania Pensante: Quando nos envolvemos muito com determinada área, perdemos o encanto por ela. Isso é verdade? Marcelo Pimentel: É. Eu fiz uma linha histórica da minha trajetória, em 1988 eu fiz minha primeira campanha como marqueteiro. A gente sempre busca conhecer a figura e acaba se apaixonando e se decepcionando. Eu trabalhei por um tempo com o criador da Rede Povo do Lula e ele me dizia que eu era muito apaixonado e que eu não devia viver essa ilusão e de que é tudo igual. Hoje, eu tenho essa visão dele. Perdi um pouco a paixão pelos políticos, mas acho necessário, em todo

Pregão! A quinta-feira do valor-notícia

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Na faculdade de Comunicação Social com habilitação para Jornalismo, aprende-se o conceito de valor-notícia. Consiste em uma série de fatores que resultam na repercussão da publicação dessa notícia, por exemplo: partes envolvidas, dimensão da notícia, público-alvo, localização geográfica, interesse popular e outros. Por isso, imaginemos que uma descoberta científica para o avanço da cura do câncer tivesse sido descoberto no dia 11 de setembro de 2001. Por mais valor-notícia que ela tivesse, não superaria os atentados ao World Trade Center. Seu valor-notícia não era o mesmo. Hoje, no Brasil, temos duas notícias com valor-notícia alto. A primeira veio logo pela manhã, com a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, suspeito de participar da "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Horas depois, o Diário Oficial da União publica uma Medida Provisória (984/2020) que determina o Direito de Arena ao mandante dos eventos desportivos. A partir desta

"E conhecereis a verdade..."

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Jair Bolsonaro repetiu tanto o verso 32 do oitavo capítulo do Evangelho segundo João que até mesmo quem não é cristão sabe, ao menos um versículo bíblico. Esse versículo, quando bem aplicado e praticado pode fazer um est rago positivo nas nossas vidas e negativo em toda a estrutura não verdadeira.  A História registrará o dia 18 de junho como o dia em que Bolsonaro, uma vez mais, desconhece o versículo que tanto prega. Ou, ao menos, nem se importou em evangelizar o advogado da família, Frederick Wassef. Isso porque, em entrevista à Andréia Sadi, na Globo News, ele diz em bom português: "Não sei aonde ele está", referindo-se a Fabrício Queiroz, alvo da pergunta da jornalista. Queiroz foi preso, neste dia 18. Na casa do advogado. Segundo um dos funcionários, Fabrício, ex-assessor e motorista de Flávio Bolsonaro, morava na edícula há um ano. Cabe, agora, a investigação do esquema de guarda que foi feito. Quem sugeriu a casa do advogado? Ele recebeu por isso? Por quem Fabrício Qu

Opinião: Armas erradas em um duelo presidenciável

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Foto: Rodolfo Buhrer / FotoArena / CP Memória Junho de 2020. Hoje, a corrida presidenciável desponta com dois nomes: Jair Bolsonaro e Sérgio Moro. Acontece que ambos parecem usar armas erradas para um duelo certo. E podem pagar caro por isso em 2022.  Bolsonaro aposta no jeito autoritário e numa gestão "contra tudo e contra todos", sobretudo quando o assunto é a imprensa. Ao lado dele, os filhos dão o tom do poderio do futuro adversário, com postagens seguidamente relacionadas ao, agora, ex-juiz Sérgio Moro.  Ao paranaense, o prestígio por ser o homem final da Operação Lava-Jato, fortalecido pela prisão de vários Executivos e do ex-presidente Lula. Contra Moro, a precipitada inserção no mundo das colunas. Depois de artigos em O Globo e Folha de S. Paulo, o ex-ministro da Justiça do atual governo acertou com a Crusoé e deu motivos para os que desconfiam da atuação profissional. Moro pode até justificar esse aceite como uma forma de não cair no esquecimento, mas o timing  não f

Entrevista: Leandra Machado - "Muitos, como eu também, sabem que não querem mais nem o governo anterior, nem este que aí está porque não nos representa. Ambos populistas e centralizadores."

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Ela já foi presidente de Associação de bairro, vereadora e candidata ao legislativo Federal. Aposentada, conta ao Blog que voltou aos bancos escolares para fazer Direito e encontrou coerência no atual partido ao qual é filiada. Leandra Machado é a entrevistada dessa semana!   Confira: Cidadania Pensante: Muito se fala em seu nome para uma eleição ao Executivo municipal, mas, em 2018, você preferiu o Legislativo. Você se arrepende? Leandra Machado: Não me arrependo não. Foi um experiência incrível, tanto politica como de vida e consolidou, dentro de mim, a compreensão de que meu perfil é da construção de novas propostas para um Brasil melhor. Sou mais legislativo. Cidadania Pensante: Acha que foi precipitada a sua candidatura? Leandra: Não, ela foi necessária. Nosso partido foi formalizado próximo das eleições de 2018. Como trabalhamos com metas, uma delas, na época, era ter candidaturas para o Congresso, para a Presidência da república e para o Governo em alguns Estados, dentre

Cidadã Pensante: Letícia Prates - "A 'metamorfose' foi na maneira de encarar a vida.

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Ilimitada. Pelo menos, assim ela se apresenta no Instagram. E parece que é mesmo. Relações Públicas, Letícia Prates conta como é a caminhada depois de descobrir o câncer e ter a recidiva três anos mais tarde.  Confira a entrevista: Cidadania Pensante: Desde 2014, a vida deu uma daquelas voltas que nunca nos colocam no mesmo lugar. Qual a principal lição que o câncer trouxe à Letícia de 2020? Letícia Prates:  Hoje, seis anos depois, sinto-me mais saudável do que nunca. Cuido muito melhor da minha alimentação, pratico atividade física com freqüência e faço algumas aulas de yoga e meditação para equilibrar a mente também. Mudei completamente minha forma de ver e sentir a vida. Hoje aproveito muito mais o presente. Afinal o passado já foi e o futuro ninguém sabe. Cidadania Pensante:  Como é o atendimento ao paciente na rede em que você é acompanhada? Letícia:  Em 2014, quando diagnosticada pela primeira vez, fiz o tratamento completo pelo SUS. Quando tive a recidiva em 2017, precisei