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Diferentes e cada vez mais parecidos

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  Sérgio Lima / Poder 360 Há quem tenha se assustado com a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a possibilidade de taxar as grandes empresas responsáveis pelas Redes Sociais. Alegando falta de liberdade de expressão, o presidente apela para uma estratégia conhecida: o lado financeiro.  Mas... Basta um pouquinho de tempo cronológico - se você tiver - ou de conhecimento histórico - se você tiver - para lembrar que apenas o alvo mudou. No começo do século, quando a televisão estava muito à frente da internet, Luiz Inácio Lula da Silva ameaçou taxar os meios de comunicação, especialmente o da família Marinho, a Rede Globo, e o dos irmãos Civitta, a Editora Abril. Note que a estratégia é rigorosamente a mesma. Como o conteúdo não é favorável, o recado primeiro vai em direção ao bolso e, depois quem sabe, em um ataque à democracia, ao direito de se expressar. O problema é que as pessoas confundem direito de expressão com incitação à violência: se eu digo que o Judiciário nã

Pacheco, Lira e a "nova política"

Começou o ano legislativo no Brasil em 01 de fevereiro de 2021. Com ele, as eleições para a presidência da Câmara e do Senado. Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, indicações do presidente Jair Bolsonaro, estão eleitos e vão presidir as respectivas casas nos próximos dois anos. Curioso que, se havia alguma dúvida da mudança de postura de Bolsonaro em relação ao "centrão" e às velhas práticas, não há mais. O presidente liberou um total de 3 bilhões para os aliados em seus redutos antes da votação. O "toma lá, dá cá" em nada tem a ver com a nova política; em tudo, com a "governabilidade".  A justificativa de que "o legislativo não deixa o presidente governar" não existe mais, já que os seus apoiados dirigem a casa. Irônico ver que PT e Bolsonaro estiveram do mesmo lado num jogo em que, com cortinas abertas, parece, e só parece, diferente. No Brasil, governar é fazer alianças independentemente de ideias. Foi assim com todos. Os da velha e os da nada "

Oásis da transparência

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Coincidência ou não, o "Portal da Transparência" saiu do ar depois que diversos gastos do Executivo foram publicados. Na relação, havia o total de R$ 15 milhões gastos em leite condensado, sendo que cada lata saiu a incríveis 61 reais.  É óbvio que os ufanistas vão dizer que se trata de todo o executivo, mas é um tanto curioso o site sair do ar justamente depois da relação vir a público. A imagem do presidente, sempre atrelada à honestidade e à lisura, se desgasta a cada dia. Se o discurso que o levou à presidência ia de encontro aos escândalos proporcionados pelo Partido dos Trabalhadores e afins e, por isso, o colocou como quem traria outros rumos ao país, hoje já não fica tão evidente essa falta de corrupção.  Na verdade, existem vários ramos de corrupção. Uns a institucionalizaram; outros praticam da maneira mais pura, por meio de notas superfaturadas, relações com laranjas - e aí haja leite condensado - e outras práticas do baixo clero.  O país que finge transparência nã

Sem margem de erro, governo de SP peca na comunicação e gera mais "revoltosos" com a vacina

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Os dados divulgados pelo governo de São Paulo na última quinta-feira, 7, e nesta terça-feira, 12, não são diferentes. O problema é que, ao não comunicar isso de forma clara, para o público leigo, João Dória abriu espaço para uma segmentação ainda maior em relação à vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan.  Em meio à bipolaridade que nos assombra com as Redes Sociais, parece que a vacina reduziu sua eficácia de 76% para 50,38% e que os dados foram maquiados entre as duas aparições oficiais dos dados. No entanto, faltou ao redator explicar o que é a eficácia global. Horas depois da falha, veio a informação de que 50,38% é a porcentagem de pessoas que não desenvolverá sintoma nenhum quando em contato com o coronavírus, enquanto 76% das pessoas não desenvolverão sintomas moderados e quase a totalidade não avançará ao estágio mais grave da doença, e, consequentemente, não precisará ser encaminhado para o hospital. É evidente que o grupo que desacredita por completo na vacina não vai mud

Perdeu? Acesse aqui Um tempo de conversa - Bruno de Oliveira e Elaine Romão

Um tempo de conversa - 1(2021)  aconteceu dia 07 de janeiro na página associada ao Blog no Facebook. Recebemos Bruno de Oliveira e Elaine Romão, jornalistas da Rádio Itajubá FM, para conversarmos a respeito dos panoramas legislativo e executivo. Alguns obstáculos do ofício do jornalista, a notícia como deve ser e outros pontos você acompanha, curte e compartilha, combinado?

O quadro em destaque e as funções da Mesa Diretora

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Muito se discutiu a respeito dos quadros formados para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itajubá para a eleição que aconteceu no dia 1º de janeiro, data de posse dos vereadores, do prefeito e do vice-prefeito. O Blog conversou com alguns vereadores e antecipou o provável resultado. Mérito zero, apenas leitura do que se desenhou de acordo com as conversas.  Em uma delas, um vereador disse: "eu duvido (sic) que o Chiquinho vote contra o que o prefeito Christian determinar", referindo-se ao vereador Chiquinho do Euzébio, do PTB, apontado como fiel da balança antes mesmo do pleito acontecer. Outro vereador disse: "Vou ver se eu consigo falar com o Chiquinho para não perder essa Mesa Diretora. Até sexta, muita água tem pra rolar". Um terceiro ainda nutria esperanças: "sigo tentando até o último momento".  As falas já apontavam um pessimismo em relação ao resultado, que confirmou uma composição favorável ao prefeito Cristian Gonçalves. Robson Vaz

Até que ponto dura a cidadania de Neymar?

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Neymar Júnior, atleta profissional, 29 anos, cidadão nas horas vagas. Ele esteve presente no episódio racista que paralisou uma partida pela Liga dos Campeões quando o Auxiliar Técnico Webo foi ofendido pelo quarto árbitro. Naquele jogo, testemunhas dizem que, ao lado de Mbapeé foi um dos principais responsáveis pela saída do PSG de campo. Louvável, digno de uma avaliação sobre a maturidade do camisa 10 do time de Paris.  Mas vieram a contusão e a dispensa de fim de ano, e Neymar, que dera sinais de crescimento como humano, organiza uma festa para um bom número de pessoas no país em que 200.000 pessoas morreram por conta de um vírus. Pouco importa se a festa foi elaborada para 100, 200, 300, 400 ou, como circula, para 500 pessoas. Neymar, figura pública, dá péssimo exemplo fora de campo. Mostra-se péssimo profissional e um cidadão quando lhe convém. Deixemos as recomendações e os riscos para os bravos epidemiologistas, que nadam contra a corrente, ao contrário do presidente (?) do país