Do asfalto, do morro, de Deus e do povo

Rodolfo Landim e Luiz Eduardo Baptista - o BAP- são favoráveis à volta do futebol brasileiro, mas veem o massagista mais antigo do clube morrer com a doença que fez tudo parar. O Flamengo anuncia 25% de redução de salário dos jogadores e da comissão técnica, depois de ter demitido 6% do quadro de profissionais.
E agora? O Flamengo do asfalto, do morro, de Deus e do povo, que fornece álcool gel e cestas básicas, é o mesmo da diretoria que quer levar vantagem treinando antecipadamente? Que vantagem esportiva se leva colocando vidas em risco, não só dos astros, mas de todos os funcionários e das respectivas famílias?
O futebol não tem previsão de volta. Nem razão para voltar agora. Logo, é difícil imaginar o que se passa na cabeça de dirigentes que têm - ou teriam - o dever de dar o exemplo a mais de 42 milhões de torcedores. Em condições normais, retomar seria uma temeridade; depois de uma morte simbólica, como a do Jorginho, e de 9 casos entre os profissionais do Departamento de Futebol, é uma insensatez.
Pensem bem quem vocês representam. Os dirigentes, como todas as pessoas, passam. O clube e o futebol, do asfalto, do morro, de Deus e do povo, ficam. E vencem!
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