"Mudaram as estações, nada mudou"

Foto: Reprodução (Jornal Extra)
A letra de "Por enquanto", cantada por Legião Urbana e Cássia Eller, pode ser uma boa chamada à frustração dos eleitores de Bolsonaro, afinal, ele tornou-se a única via para retirar a corrupção institucionalizada, com investigações a fundo sobre propinas nas principais empreiteiras e na principal empresa petroleira do país, lembre-se, com o aval de Dilma Rousseff.
A estação da esquerda passou. Veio a da direita. Minúsculas. As duas. Longe da Primavera Árabe, que derrubou governos tirânicos e duradouros, mudaram as estações. Nada mudou: surfando na onda conservadora, Jair Bolsonaro saiu do baixo clero para a presidência da República. Nada mudou: a tentativa de interferir, ou a interferência materializada na troca de cargos para proteger a família deixou de lado a institucionalização da corrupção e colocou em cena a familiarização da corrupção.
As aspas são presidenciais: "Não vou esperar f... alguém da minha família". Seria o mesmo que: "Companheiro, não vou esperar f... o Marcelo". Nada mudou, mesmo que tudo pareça estar tão diferente. Para os fanáticos, sim. Talvez eles creiam ser para sempre, mas se esquecem de que "o Pra sempre sempre acaba".
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