Pregão! A quinta-feira do valor-notícia

Na faculdade de Comunicação Social com habilitação para Jornalismo, aprende-se o conceito de valor-notícia. Consiste em uma série de fatores que resultam na repercussão da publicação dessa notícia, por exemplo: partes envolvidas, dimensão da notícia, público-alvo, localização geográfica, interesse popular e outros. Por isso, imaginemos que uma descoberta científica para o avanço da cura do câncer tivesse sido descoberto no dia 11 de setembro de 2001. Por mais valor-notícia que ela tivesse, não superaria os atentados ao World Trade Center. Seu valor-notícia não era o mesmo.

Hoje, no Brasil, temos duas notícias com valor-notícia alto. A primeira veio logo pela manhã, com a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, suspeito de participar da "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Horas depois, o Diário Oficial da União publica uma Medida Provisória (984/2020) que determina o Direito de Arena ao mandante dos eventos desportivos. A partir desta data, o mandante passaria a determinar, por exemplo, a transmissão do jogo, podendo ser feita por qualquer plataforma digital.

Note: nas duas notícias, há um elemento comum: o presidente da República. Uma das notícias é negativa à sua agenda; a outra passou a ser positiva porque o Flamengo não acertou os direitos de transmissão do Campeonato Carioca e, com essa medida, pode negociar a transmissão de hoje com o mandante Bangu. 

Saber um conceito simples pode fazer com que pensemos a respeito dos interesses das instituições, das empresas e das pessoas. Ainda não sabemos quais serão os desdobramentos de ambas as notícias, mas podemos entender um pouco mais a respeito do mundo que nos cerca. 

Abaixo, a publicação do artigo segundo da MP, que garante a autonomia do mandante.


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