O Brasil das picuinhas é governado pelas Redes Sociais

 O ano é 2020. 12 anos antes, Barack Obama revolucionou o mundo político ao saber utilizar as Redes Sociais em sua campanha, mas Jair Bolsonaro, que também fez valer a ferramenta, também governa a partir do site criado por Mark Zuckerberg

Semanalmente, sob a justificativa de campanha, lá está o Presidente a falar para os seus correligionários. Óbvio que as pautas são estudadas e decididas anteriormente e que essa é uma estratégia eleitoreira, visando 2022. A nova governabilidade digital, ou troca de gentilezas, acontece com João Dória, Governador de São Paulo. Há pouco, o Presidente subiu o tom e disse que o brasileiro não será cobaia de ninguém, refutando a obrigatoriedade do que Dória, marqueteiro dos mais conhecidos, chamou de CoronaVac.

Não precisa ser um expert em política para saber que há interesse e tão somente isso em ambos os lados. Desde o início da pandemia, a "Bolsodória" se rompeu definitivamente. Usando as analogias de Bolsonaro, houve uma separação litigiosa. O problema é que um ex fica falando mal do outro nas Redes Sociais. 

Não há consonância entre o Governo Federal e os Estaduais. Se São Paulo é rota de colisão - para não dizer colidida - Minas navega - apesar de não ter mar - na iniciativa privada e parece estar em um mundo à parte do governo que vem de Brasília. Enquanto isso, o Rio segue sem governador - e governo - com o processo de afastamento de Wilson Witzel. 

O Brasil das picuinhas, hoje, é governado por um dispositivo eletrônico. Justamente, em um ano marcado por um vírus.

Bolsodória: das selfies à separação litigiosa. Foto: Marcos Correa/PR

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