Transparência e seriedade com vivos e mortos
Ilustração criada pelo Centro de Controle de Prevenção e Doenças (CDC/Unsplash) A pandemia de Covid-19, que chegou ao Brasil em março, já fez 25,6 mil mortes. Pelo menos, esse é o número contabilizado, por atestados de óbito, imagino. Imagino porque temos os dois lados da moeda, acredite, também em uma pandemia: o da subnotificação e o do causa mortis pelo vírus mesmo depois de o exame apontar a inexistência dele no corpo da pessoa, dias antes de ela falecer. Quando falamos em subnotificação, temos dois problemas seríssimos: a falta de testes e a desinformação da população. Na última semana, menos de 1 milhão de pessoas foram testadas. Considerando pacientes sintomáticos e assintomáticos, não cabe mais a discussão em números porque muitas mais pessoas podem ter contraído o vírus desde que ele chegou ao Brasil. Um estudo da UFPel - Universidade Federal de Pelotas - indicou que o número de infectados é, pelo menos, sete vezes maior que o estabelecido estatisticamente ...